Fotos: Arquivo Pessoal
O bageense Pedro Obino Neto, 45 anos, é diretor comercial da Rede Obino de Hotéis, com unidades em Santa Maria (Itaimbé Palace Hotel), São Gabriel, São Borja e Bagé, e atua na área de Pecuária, gerenciando a condução operacional da Cabanha Santa Helena, também propriedade da família. Ele é formado em Administração pela Universidade da Região da Campanha (Urcamp), desde 2002, e especialista em Gestão de Empresas, pela Fundação Getúlio Vargas. Pedro é casado com a médica veterinária Juliana Brunelli de Moraes Obino, e é pai de Anna Helena, 15 anos, e Mariano, 1. Pedro Obino Neto herdou da família o gosto pela gestão de empresas e conta mais sobre esta relação na entrevista ao Diário, a seguir.
Ao lado do touro Punto Final, com quem Pedro se diverte no campo
Diário - Como se deu sua trajetória profissional?
Pedro Obino Neto - Como meu pai, Edison Vaz Obino, era sócio, ao lado dos irmãos, da Rede de Lojas Obino, onde aprendi muito sobre o ramo de varejo. Há 10 anos, com o falecimento do meu pai e do meu tio, Teo Vaz Obino, houve a cisão da empresa. Eu, minha mãe, Vórgia, e minha irmã, Adriana, passamos a gerir a rede de hotéis. Além da hotelaria, atuamos também no segmento da pecuária, com a produção da raça braford na Cabanha Santa Helena. Foi em função dessas influências, que eu escolhi a formação em Administração.
Com a mulher, Juliana Brunelli de Moraes Obino
Diário - O senhor ainda trabalha junto dos familiares. Como se dá essa relação de profissão e família?
Pedro - Trabalho diretamente com a minha mãe, que é diretora presidente da Rede Obino de Hotéis, e com a Adriana, que atua como membro do conselho administrativo e como psicóloga e gestora de recursos humanos. Minha mulher, por ser médica veterinária, atua como gerente de toda a parte clínica e reprodutiva da Cabanha Santa Helena. É gratificante trabalhar ao lado delas, aprendemos e crescemos juntos.
Diário - Qual é a sua relação com a Cidade Cultura?
Pedro - Inicialmente, pelo projeto de expansão da rede de hotéis, vislumbramos um mercado promissor na cidade de Santa Maria, quer pela posição estratégica da geografia, quer pelo desenvolvimento do município, mas, ao assumirmos, de fato, a gestão do Itaimbé, percebemos que era muito forte o vínculo existente entre a comunidade santa-mariense e o hotel, e, de lá para cá, visamos estreitar, ainda mais, esses laços, sedimentando novas parcerias e oferecendo os melhores serviços. Passo bastante tempo na cidade porque viajo pelo Estado na gerência dos hotéis. É motivo de grande orgulho para nós o Hotel Itaimbé ser hoje referência em eventos corporativos na cidade. Além da hospedagem, focamos em eventos sociais, como casamentos, formaturas e outras cerimônias, área onde temos grande potencial.
Junto da mãe, Vórgia Obino, no Wedding Workshop, evento do Itaimbé Palace Hotel, em agosto do ano passado
Diário - E no setor de Pecuária, como se deu o gosto pelo ramo e como é conciliar isso com a gestão dos hotéis?
Pedro - A pecuária também veio da família, já não é considerada um trabalho por mim, mas uma atividade que agrega qualidade de vida ao meu dia a dia. Para mim, o touro Punto Final, por exemplo, é exatamente como um cachorro de mais de mil quilos. Faço festa com ele no meio do campo, é meu amigão.
Diário - Recentemente, um dos animais de sua criação, o touro Punto Final, recebeu o prêmio como o melhor exemplar do mundo da raça, no 7º Congresso Mundial Braford em Forth Worth, no Texas. Como foi receber este reconhecimento?
Pedro - Esse foi motivo de muito orgulho para nós, e acredito que para a pecuária brasileira também. Tendo em vista que Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com 220 milhões de cabeças de todas as raças, e apenas dois animais conquistaram esse título em todo o país, um da raça brahman, e o Punto Final, na raça braford, então, é motivo de orgulho. Esse feito indica que estamos fazendo um bom trabalho fortalecendo o desenvolvimento da raça.